Fundação Superficial Sapata
Sapatas de Concreto
A fundação do tipo Sapata, ela atende como base para edificações de diferentes portes. De maneira em geral, as sapatas de concreto são simples, seguras e econômicas. Entretanto, dependem de especificação e execução que levem em conta as características do solo e da estrutura.
Foto 01: fundação do tipo sapata.
A principal vantagem desse tipo de fundação está na execução facilitada, que dispensa, por exemplo, a presença de peças e equipamentos especiais no canteiro. Contudo, devemos ter certos cuidados como por exemplo, apoiar-se em camadas superficiais de solo resistentes e de caracterizaras não colapsíveis como é o caso do silte.
De acordo com a NBR 6122:1996, que trata de projeto e execução de fundações - atualmente em processo de revisão -, uma sapata não deve ter dimensão mínima inferior a 60 cm. Outra recomendação é que se observe o desnível entre sapatas próximas. A sapata em cota mais baixa deve ser sempre executada antes das demais. Além disso, é importante que seja respeitado um distanciamento entre cotas de acordo com a resistência do solo.
Para tanto, devemos levar em conta também, o cobrimento minimo de 4cm de concreto para efeito de garantia de que a umidade do solo, não atacará a armadura da sapata aonde a mesma, é de fundamental importância para a segurança da edificação a ser construída. Por meio disso, faço a seguinte recomendação, de logo após a escavação do solo e o seu nivelamento, deve-se realizar um lastro de 5 cm de concreto magro, ocupando toda a área sobre a qual será assentada a sapata.
Critérios de Escolha da Fundação do Tipo Sapata
Procedimento Geral a Ser Adotado
- proximidade dos edifícios limítrofes bem como seu tipo de fundação e estado da mesma;
- natureza e características do subsolo no local da obra;
- grandeza das cargas a serem transmitidas à fundação;
- disponibilidade técnica versus viabilidade econômica do tipo de fundação a ser adotado.
Limitações das Fundações de Sapata
- Terrenos que apresentam baixa capacidade superficial (argila mole, areia fofa, solos orgânicos, aterros não controlados)
- Terrenos com nível elevado do lençol freático e que impeça ou não justifica economicamente o seu rebaixamento
- Quando as áreas das sapatas começam a se encontrar gerando muitas associações (ocupam mais de 70% da área disponível)
- Existência de solos colapsíveis ou expansivos.
Combinações de Cargas
Combinações de carga segunto o item 6.2.1.1 da ABNT NBR 6122:2010, Método de valores admissíveis:
- Fator de segurança global
-Método de valores de projeto: Fator de segurança parcial
Aonde:
Radm = tensão admissível das sapatas;
Rult = tensão de ruptura (última);
R d = tensão de dimensionamento;
FS g = fator de segurança global;
A k = ações características;
A d = ações de projeto ou tensão resistente de projeto;
γm = coeficiente de minoração das resistências;
γF = coeficiente de majoração das ações;
Tabela 01: Fatores de segurança e coeficientes de minoração para solicitações de compressão.
Tipos de Sapatas de Concreto
Sapatas Isoladas
São aquelas que transmitem para o solo, através de sua base, a carga de uma coluna (pilar) ou um conjunto de colunas (BRITO, 1987).
Foto 2: fundação do tipo Sapata Isolada.
Sapatas Corridas
São elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhes transmitem a carga por metro linear (BRITO,1987). Para edificações cujas cargas não sejam muito grandes, como residências, pode-se utilizar alvenaria de tijolos (neste caso, confunde-se muito com o alicerce.
Figura Ilustrativa 01: fundação do tipo Sapata Corrida.
Sapatas Associadas
Um projeto econômico deve ser feito com o maior número possível de sapatas isoladas.
No caso em que a proximidade entre dois ou mais pilares seja tal que as sapatas isoladas se superponham, deve-se executar uma sapata associada. A viga que une os dois pilares denomina-se viga de rigidez, e tem a função de permitir que a sapata trabalhe com tensão constante (BRITO,1987).
Figura ilustrativa 02:fundação do tipo sapata associada.
Sapatas Alavancadas
No caso de sapatas de pilares de divisa ou próximos a obstáculos onde não seja possível fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, cria-se uma Sapatas associadas com viga alavanca ligada entre duas sapatas, de modo que um pilar absorva o momento resultante da excentricidade da posição do outro pilar (BRITO,1987).
Foto 03: sapata com viga alavanca.
Detalhes a serem levados em conta:
– locação do centro da sapata e do eixo do pilar;
– cota do fundo da vala;
– limpeza do fundo da vala;
– nivelamento do fundo da vala;
– dimensões da forma da sapata;
– armadura da sapata e do arranque do pilar.
Processo Executivo
Escavação
Seguindo a orientação do projeto de fundações, inicia-se a escavação da área a receber as sapatas até a cota de apoio.
Foto 04: Escavação de Sapata.
Foto 05: Escavação de Sapata.
Regularização
Com a área escavada e compactada, o passo seguinte é depositar concreto magro na área escavada, nivelando com o auxílio de régua e colher. Essa camada de regularização, que deve ter 5 cm de espessura no mínimo, é importante para garantir que a umidade do solo não ataque a armadura da sapata.
Foto 06: Camada de Regularização para proteção da armadura da sapata.
Marcação dos pilares
Com a vala preparada, inicia-se a marcação dos pilares. Para tanto, são fixadas estacas de madeira nos pontos indicados pelo projetista.
Foto 07: Marcação do arranque dos pilares.
Conferência
A checagem do nível é um procedimento imprescindível para garantir boa marcação dos pilares.
Foto 08: Conferencia de nível da sapata.
Armação
Depois de definida a localização de todos os pilares, tem início a inserção da armação, sempre seguindo a orientação do projeto de fundações.
Foto 09: conferencia e elaboração da armação.
Foto 09: Execução de armação da sapata
Foto 10: conferencia e elaboração da armação.
Arranque dos pilares
Com o auxílio de arames de aço, são presos também os ferros especiais de arranque dos pilares.
Foto 10: Preparação do arranque dos pilares.
Foto 11: Preparação finalizada do arranque dos pilares.
Foto 12: Espassadores para garantir o cobrimento minimo de concreto.
Finalização
A armação do pilar deve ser montada a partir dos ferros de arranque. Só então serão colocadas as fôrmas do pilar para o prosseguimento da concretagem.
Foto 13: Sapata concretada.
Obs.: Após a desenforma do pilar, deve-se fazer o reaterro da cava da sapata.
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